quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Filme do mês - The Unforgiven (Os Imperdoáveis)

Hoje vou falar de um filme que inspirou-me muito durante a vida e foi uma das sementes de minha filosofia pessoal de "street justice" como algo nobre e importante, principalmente por ter visto a lei brasileira defender bandidos durante minha vida toda. Não sou libertário mas chego a achar graça quando as pessoas defendem (mesmo alguns minarquistas como eu) que a justiça tem que ficar toda na mão do estado. Sem mais delongas, vamos à obra prima de Clint Eastwood.


The Unforgiven é um western (filme de velho oeste) que ganhou 4 oscars em 1992 dada sua fodacidade cinematográfica e história simples, porém chocante e dramática. Além do filme em si ser muito bom, todo o contexto é legal, pelo fato de ser sobre pistoleiros veteranos que se forçam a voltar à ativa (Gene Hackman e Clint Eastwood fizeram diversos filmes de cowboy quando jovens). Assista ao trailer e atenção se não viu o filme porque o post é sempre cheio de spoilers.


Os Imperdoáveis começa com uma narração para situar o expectador sobre a época e o local. A primeira cena mostra uma confusão em um bordel, onde uma jovem prostituta tem o rosto desfigurado por um caipira por ela ter dado risada de sua piroca curta. O xerife é chamado, que condena o agressor a levar apenas algumas chicotadas. As putas ficam muito putas com essa pena e resolvem fazer um "crowd funding" (vaquinha) afim de contratar pistoleiros para mandar o caipira da faca para o inferno.

Nosso heroi William Munny, hoje um decadente viúvo criador de porcos doentes falido e com dois filhos pra criar, recebe a visita de um velho parceiro de garrafa e matança, Ned Logan (Morgan Freeman) e de um jovem que quer fazer fama no tiro, que mesmo vendo que William está decrépito e não acerta mais um tiro em um alvo parado a dez metros, o convencem de embarcar na aventura de dar fim nos cowboys violentos pelos 1000 dólares oferecidos pelas prostitutas (clássica variação de plot do filme Os Sete Samurai).

Antes um detalhe sobre William: quando jovem e impetuoso, matou muita gente e fez muita maldade, porém sua esposa o fez virar bonzinho e prometer nunca mais beber cachaça.

Após rastrearem os cowboys do mal e sentarem o dedo, Clint Desiste da missão pois é muito velho e ruim de tiro. Ao mesmo tempo, o xerife super-durão Little Bill (Gene Hackman) ordena que os pistoleiros sejam caçados pois só ele faz a lei valer na cidade. Assim Ned é capturado e morto, e pendurado do lado de fora do saloon como aviso a quem não cumprir a lei.

O mancebo corre atrás de Will Munny para contar o que houve e dizer que desistiu da vida de pistoleiro. William fica brabo com a morte do amigo, manda o jovem entregar a parte dele do dinheiro à seus filhos e enche o tanque de whisky, o elixir que o faz perder a piedade e acertar o olho de uma águia em pleno voo.


Agora a coisa ficou séria. Na noite seguinte está caindo uma chuva torrencial e o xerife juntou todos os cowboys da cidade no saloon para planejar a captura do outro pistoleiro (william munny). Todos acham que Munny está fugindo desesperado, quando o mesmo entra sozinho na espelunca portando uma espingarda e um intenso tiroteio segue na cena mais badass da história. Sério, os diálogos são de gelar a espinha.


No final Munny sai do bar ameaçando quem ficou vivo de que se alguém atirar ele matará a família e queimará a casa, e que devem dar um enterro decente a seu amigo. Ele é, enfim, imperdoável.

Sempre gostei muito de filmes do gênero e este está sem dúvida acima de qualquer outro no estilo. É considerado por muitos como "o último grande western".

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Encerramento de minha conta do banco Santander

Boa noite amigos. 

Hoje fiquei sabendo de uma exposição de arte na instituição Santander Cultural de nome "Queermuseu" com conteúdo que considero extremamente ofensivo e repugnante, que aliás recebeu benefícios através da Lei Rouanet segundo o site "Terça Livre" e o MBL.

Fiquei muito ofendido com a promoção do tipo de conteúdo da exposição, que inclusive foi exposto à crianças.

Amanhã mesmo encerrarei minha conta através de procuração. Também estou conversando com minha família e amigos para que façam o mesmo e não voltem a usar os serviços desta empresa.

domingo, 10 de setembro de 2017

Filhos que o governo me proíbe de ter

O governo brasileiro liberou seus dados (provavelmente falsos) sobre desemprego, que dizem ter caído nos últimos tempos, graças à uma grande parcela da população ter abraçado a informalidade.

http://exame.abril.com.br/economia/avanco-da-informalidade-proporciona-queda-no-desemprego/

Como o governo sabe quem está ou não trabalhando informalmente? Como o governo sabe que a ex colega da minha esposa está fazendo doces em casa pra sobreviver? Não sabe. Inventa.

Como fazer as pessoas abrirem empresas e serem empregadas por elas? Aquecendo a economia. E como se faz isso? Cortando impostos e regulação inútil. Não é baixando na caneta taxa de juros. É cortando impostos. 

Não é segredo pra ninguém que os custos de se ter empregados (até domésticos) no Brasil é proibitivo uma vez que você paga outro salário pro governo e ainda toma processos. Centenas de milhares de empresas quebraram nos últimos anos de governo de esquerda. Não conseguiram sobreviver por razão da carga tributária. Eu faço a comparação de empregados com filhos. Se uma pessoa não tem condições de empregar outro, em princípio não tem condições de ter um filho, que não gera valor por muitos anos.

Bom, vou contar um "causo" que me ocorreu aqui esta semana e na semana passada que ilustra o principal motivo de eu não ter tido filhos.

Estes dias estava no supermercado comprando os produtos mais baratos pra economizar e vi uma mulher com dois filhos pequenos que me chamou a atenção pela falta de educação que teve com o açougueiro e por ela estar maltrapilha e grávida de mais um. Sabem como é alguém maltrapilho em Portugal é estranho nos dias de hoje, apesar de existirem dramas individuais que a gente nem tem ideia.

Na outra semana, a mesma coisa. Outra grávida maltrapilha, mal-educada com dois filhos pequenos. Algo que me chamou a atenção, pois aqui em casa um dos motivos de não termos filhos é a impossibilidade de dar suporte financeiro pra uma criança.

Já havia visto o comportamento absurdo de algumas pessoas da etnia delas dentro do supermercado, no intuito de causar confusão na retaguarda profunda dos funcionários e segurança para que outros roubassem mais tranquilamente. Também já vi colocarem produtos no carrinho de bebê como se fosse a cesta de compras, pra convenientemente esquecer de tirar alguma coisa na frente do caixa, mas isso é outra história.

A questão é que essas mulheres recebem auxílio financeiro do governo e moradia social, pagos por mim, com os 23% de imposto em tudo o que compro. Aliás essa alíquota me fodia na minha loja, pois tornava os produtos caros em relação aos de empresas maiores que tem subsídios e descontos em grandes compras.

Com esses 23% do meu dinheiro que vai fora, eu poderia criar um filho, mas ao invés disso os anos passam e me torno mais velho e cansado até pra cuidar de dois gatos.

Então o que o governo faz é tornar difícil o trabalho e fácil viver em miséria. Socialismo enfraquece as pessoas, que preferem receber subsídio à ganhar o mesmo ou menos trabalhando. Outro dia conto de uma brasileira conhecida nossa que mora aqui e recebe 2 mil reais do Brasil por dizer ter sindrome do pânico. Como só anda de salto alto e roupas justas, não aguentou 1 dia trabalhando em restaurantes nas duas vezes que tentou. Está esperando cair do céu uma autorização de residência por ter aberto atividade como artista.

Minha mulher e eu estamos presenteando uma amiga nossa que foi colega de escola com um pacote de fraldas, um shampoo e uma pomada para seu chá de bebê e hoje fui ver os preços na Internet, pra que um amigo meu entregue na casa dela, e só isso vai custar 70 ou 80 reais.


O governo está achatando cada vez mais a classe média aumentando o número de miseráveis. Essa é sua principal política de controle social a nível mundial.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

CF servente de pedreiro

Aquela vaga anunciada como carpinteiro de cofragem (o cara que faz formas para por concreto em vigas) se tornou servente de pedreiro.

Uma engenheira me ligou pra falar da vaga, e disse que não sabia da questão da cofragem, mas que precisavam de vários profissionais (menos carpinteiro - carpinteiros não gostam de ser empregados, preferem trabalhar por empreitada) e de ajudante só tinha para pedreiro. Como vocês sabem ainda não tenho nível pra abraçar empreitadas sozinho, pois na carpintaria cada dia é algo novo e meu arsenal é pequeno, então aceitei fazer um teste pra servente de pedreiro e ela disse que um empreiteiro ia me ligar.

No outro dia um cara me liga, fala que o trabalho é tranquilo e que eu só precisava levar uma colher de pedreiro. Beleza, tenho uma de um trabalho em que precisei. Além dela levei algumas ferramentas mais usadas para o caso de haver necessidade e também pra dar uma impressionada, pois ninguém gosta de chatucos pidões (apesar de ajudante não ter obrigação de ter ferramentas) o que deixou minha mochila pesada.

Acordei as 5 e pouco da manhã, comi e tudo mais e saí as 6h pra pegar o metro, porém lá vi que a estação só abria as 6:30. Retornei pra casa (moro perto da estação) pois odeio esperar na rua. Prefiro caminhar e ficar 15 min vegetando no sofá. Enfim peguei o metro até a última estação, depois o trem até uma cidade ao lado, onde as 7:45 o cara me buscou de carro e fomos à obra.

Chegando lá me mostrou como fazer argamassa com betonilha, uma espécie de cimento mais leve que usam aqui pra pavimentos, usando um balde e um misturador. Bem no-brainer...

O problema foi fazer isso por 11 horas, além de carregar 56, repito, 56 sacos de cimento da calçada pra dentro da casa (22 degraus). Hoje trabalhamos das 8 as 16h.

Segundo o empreiteiro, isso foi excepcional (tinhamos que terminar o pavimento pra ele secar e já pormos o chão segunda), e a julgar pelo modo e quantidade de vezes que falou, até acho que é. Ele disse, junto ao outro empregado, que geralmente trabalham uma hora extra a mais por dia (ou seja, das 8 às 18h com uma hora de almoço) e na sexta saímos sempre ao meio dia, pois eles são de uma cidade aqui perto. Pelo mesmo motivo, iniciamos mais tarde na segunda. Achei ótimo isso, principalmente por o salário ser bem decente. Basta ver se isso não é bullshit. 

Estou totalmente destroçado. O cara até comentou que trabalhamos demais. Tenho que cuidar as costas com esse tipo de trabalho, ou vou acabar me machucando. O serviço foi bem mais pesado que na carpintaria, apesar de com o carpinteiro trabalharmos em empreitadas de 11 horas direto... Sei lá, pelo menos madeira é seca. Cimento é molhado e imundo. Eu uso calças jeans e calçado de segurança, e uma camiseta limpa pra ir e voltar. A calça não troco e volto com ela imunda mesmo por enquanto, mas vejo que pedreiros veteranos sentem vergonha (com razão) de andarem com aspecto putrefato.

O bom de trabalhar com esse cara é que o ambiente é bom, e ele reforma casas e é generalista. Faz paredes de gesso cartonado (aqui tem muita demanda disso), pintura, chão, etc, então da pra aprender bastante. Se fosse trabalho pra construtora, em prédios, iria fazer a mesma coisa sempre.

Bom, vamos ver se vale a pena. Se pelo menos até eu ir pro Brasil em janeiro for tranquilo já está ótimo. Depois eu volto e faço um curso e volto pra carpintaria, depois troco, e vou indo nessa até ter noções que me faltam pra me tornar o faraó das casas populares. 



terça-feira, 5 de setembro de 2017

Carpintaria de tosco

Olá amigos,

Nos últimos dias enviei o currículo para algumas vagas em uma área da construção que lida com fundações e vigas da obra, a carpintaria de cofragem, ou de tosco. Trata-se principalmente de construir formas de madeira e fabricar vigas de concreto armado - a espinha dorsal das casas e dos prédios.


É uma área com várias vagas abertas, inclusive pra trabalhos em outros países como Bélgica, Alemanha e França, com viagem, alimentação e estadia pagos pela empresa (além de maior pagamento).

Carpinteiro bom arruma trabalho em qualquer lugar do mundo e isso é muito legal. O problema para os empregadores é justamente esse. Carpinteiro bom prefere trabalhar por empreitada, e não como empregado pregando tábuas na lama, dobrando ferro e batendo concreto.

Eu não tenho outra escolha. Preciso desse conhecimento e vivência. Não me adianta muito ficar de ajudante em carpintaria de limpos, onde um dia coloco um rodapé, em outro monto uns guarda-roupas, em outro coloco painéis, encaixo chão, em outro instalo fechaduras, etc, e aprendo pouco efetivamente pra minha visão. 

Busquei vagas de aprendiz ou ajudante (mesmo pra isso pedem alguma experiência) e vou jogar com a que adquiri até agora. Fui chamado pra me apresentar essa semana em um local que, dizia o anuncio, davam uma espécie de formação... Vamos ver o que me espera!

Cursos por enquanto esqueci. São longe demais de onde eu vivo e vou insistir na ideia de ser pago pra aprender, pelo menos até minha viagem ao Brasil em janeiro. Em relação à ela, quando estiver perto vou pedir que meu patrão simplesmente me desconte os dias de falta ou peço demissão.

Já estou com minhas próprias ferramentas, e como disse outro dia, você é visto de outra forma (e aprende mais). Se quiser trabalhar com construção, invista em ferramentas aos poucos. Se alguém tiver interesse podemos falar das ferramentas individuais que todo mundo tem que ter.

Também comprei estes dois livros pra papirar:



Se algum engenheiro civil conhecer material para comentar agradeço. Como esse material é caro! Não admira que a profissão seja blindada. Aqui em Portugal acho os livros ainda mais caros que no Brasil.

Ai no Brasil meus tios engenheiros terminaram de construir um pequeno prédio. Que inveja!

Comentei algumas vezes sobre como os naysayers agem quando eu falo de negócios na construção. Sempre surge alguém pra dizer: "roubaram até as janelas na obra do tio tal". Minha resposta hoje é: "porque ele não larga a construção pra trabalhar contigo?". A resposta é sempre uma risadinha sem graça.

Se as pessoas soubessem fazer dinheiro fariam, não falariam. Para se aprender a fazer dinheiro se deve observar, jamais ouvir seja quem for.

No lazer temos ido à Costa da Caparica. Praia ótima e com boa estrutura, água calma e transparente (dá pra ver seus pés com a água no pescoço) e diferente do Cascais, a única praia daqui que conhecia, a água não é gelada. Sinceramente achei bem parecida com algumas praias brasileiras.

Ah, o salário da vaga que me chamaram é muito bom.

Por enquanto é isso.